domingo, 13 de junho de 2010

# 7 Irritações

Chego à aula de sexta-feira (mania feia de dizer aula assim, com nome de dia, mas...) e é proposta uma atividade bem interessante. A cadeira é Didática e Prática Pedagógica. Os alunos estão em vias de finalizar o curso, estão estudando há, no mínimo 3 anos. A professora pede que nos organizemos em grupos de 5 ou 6 pessoas. Nossa tarefa é, depois de ler o PCN de LI, planejar uma cena de uma sala de aula para ser apresentada a turma, cada grupo com seu tema e enfoque. Meu grupo recebeu: interação. Como fazer a interação acontecer numa sala de LI. A profe avisa que tem intervalo e eu saio para encontrar minha orientadora da Monografia. Obviamente, fiquei pensando, durante minha caminhada, em como seria o nosso teatrinho. E tive algumas idéias. Comunicação na sala de aula? Eu faço isso todo dia!
Volto para o grupo, peço desculpa, mas tinha que resolver minha Monografia, desculpas aceitas, mas eles estão decididos a não atuar a cena. Entendo que possa ser constrangimento. Tudo bem, não é mesmo? Afinal nenhum deles escolheu ficar na frente de um monte de alunos num futuro breve, tendo que atuar, ensinar, compartilhar, mediar, brincar, falar sério e tudo mais que demanda a profissão. Entendo, está bem claro que constrangimento só faz parte disso. Hell yeah!
Putz, cara! O tópico era interação. Não quis ficar me achando nem nada... até porque acredito nos meus colegas, na capacidade de articulação, confio que tenha lido os materiais que nos foram oferecidos e cobrados ao longo desse anos de faculdade, acredito que tenham estudado e tudo mais... mas e deparo com minha própria desgraça de estar errada, de estar mais uma vez exigindo que as pessoas saibam do óbvio, por mais que não seja tão óbvio assim. Mas vá lá, quem sabe eu esteja errada quanto a isso. Terei de ver na próxima sexta-feira, junto com meu pedido de desculpas.
Interação. O que se espera disso: que se interaja, ora bolas! Pedi o que seria feito. Seria tudo explicado a partir do que descrevia o PCN. Todo mundo sabe que não se chega lá na frente e lê simplesmente, ainda mais quando se trata de uma encenação a partir do que se leu mais aquilo que se foi pensado. Certo, eu não estava lá na hora da decisão, como a colega fez questão de me lembrar, mas isso não isenta a minha chance de falar e de interagir com o grupo e contribuir, talvez, com alguma idéia. Minhas idéias não fora ouvidas. Depois vim a descobrir, lá nos meus botões, que tudo se tratava de insegurança ao falar English. Ninguém foi requisitado a falar inglês, porra!
Pedi, calmamente, para que fizéssemos um breve ensaio ali, no fundo da sala, bem baixinho. A colega entrou em parafuso e me disse que já tinha explicado 3 vezes o que seria feito. Enquanto isso, os outros grupos apresentavam e eram aplaudidos. Nós também fomos, mas por misericórdia. Me dá raiva sabe, me discriminarem por eu falar inglês, por que foi bem isso que aconteceu. Não tive chance de falar o que eu gostaria que fosse feito porque eu não estava lá na hora do intervalo, repito: INTERVALO, e porque eu falo a maldita língua! Eu não entendo, não entendi a reação da colega mesmo. Eu só queria uma coisa com início, meio e fim, bem articulada, capaz de ser ensaiada em 5 míseros minutos. Mas eu não fui ouvida. Eu até pedi pra sair do grupo. E aquela tensão entre a colega e eu. E eu dizendo que poderíamos ensaiar e fazer bonitinho. E a menina, a qual julguei antecipadamente muito inteligente, quase chorava. E eu braba, mas querendo uma paz, um momento em que os outros não estivessem dispersos, ara que pudéssemos conversar. Afinal, que professor ignora uma contribuição de um aluno? Naquele momento estávamos agindo feito idiotas, quando o momento exigia que fôssemos apenas professores.
O resultado foi que não fizemos teatro, eu fiquei de burro amarrado e cheguei em casa chorando. Poxa! Se eu estivesse lá nos 15 minutos que fiquei fora será que isso teria acontecido? Eu teria sido ouvida? Nós teríamos articulado de forma coerente a tarefa? Eu teria sido excluída, discriminada? Não sei, continuo acreditando que daria tudo na mesma. Mesmo assim vou pedir desculpas por ter aparecido na pseudo-peça e ter saído para os bastidores com a cara da maior insatisfação da minha vida, porque foi uma puta duma insatisfação, uma desilusão completa. Que professores estão se formando, méldéls? Coragem, colegas, a gente precisa em tudo.
Vou dormir porque estou cansada desse episódio.

Um comentário:

  1. Vanessa diz:
    *que merda
    *nossa....que coleguinha einh?!?!?!

    Carol Pinup de saco cheio diz:
    *cara
    *e depois disso q ela nunca mais apareceu!!!
    *bah

    Vanessa diz:
    *q vontade de dar uma boxa

    Carol Pinup de saco cheio diz:
    *hhaha

    Carol Pinup de saco cheio diz:
    *resolvi postar meus textos lá

    Vanessa diz:
    *isso
    *faz bem!!!

    Carol Pinup de saco cheio diz:
    *:D
    *mas não foi só por minha causa q a loka parou de ir na aula, será?

    Vanessa diz:
    *não

    Carol Pinup de saco cheio diz:
    *heheh

    Vanessa diz:
    *acredito que vc tenha somente ajudado ela
    *caiu a fixxxa
    *e ela percebeu que não serve pra isso
    *que não tem dom

    Carol Pinup de saco cheio diz:
    *uhuauhauhauhauha

    Vanessa diz:
    *que não terá a docência como profissão
    *e caso tenha
    *será uma m...de professora
    *q raiva de gente q não tenta
    *que prefere o fácil, o comodo

    Carol Pinup de saco cheio diz:
    *aham!!!
    *odeio isso

    Vanessa diz:
    *gente que não arrisca

    Carol Pinup de saco cheio diz:
    *é uma merda essa gente
    *por isso q o braziu é assim...


    Verdade!!! o Brasil é assim, mas não tem problema, o importante é que estamos rumo ao Hexa...


    Te adoro, bjosss

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