terça-feira, 29 de junho de 2010

Momento poesia (minha)

Inicialmente escrevi textos e poemas a fim de uma publicação física.... em folha branca, capa vermelha e letras bonitas. Quem sabe um dia esse dia chegue, de fato, e eu possa levar meu próprio livro-filho para dormir na cabeceira da minha cama, enquanto tenho sonhos loucos e vívidos.
O poema de estréia não é o primeiro da escrita:





Espelho

Este caderno já soube tanto
Da minha vida
Dos meus anseios
Das minhas dores
Dos meus medos
Das minhas angústias
Dos meus dissabores
Das minhas vontades
Dos sonhos perdidos
As minhas falhas
das minhas conquistas
Das minhas perdas
Das minhas mortes
Das minhas ressurreições...


De tudo de mim.



Este caderno
Nada mais é
Que o espelho da minha Alma.





*******Detalhe para o ano da foto. Não, eu não alterei... De repente estava assim.

domingo, 27 de junho de 2010

#10 Cheiros

           Entro em casa depois de um dia exaustivo e desconexo de sentidos de finalidade. O cheiro que vem do banheiro não é mais de mijo velho, apenas. Agora sobe um cheiro de merda. Fico pensando se isso só acontece meu modesto apartamento de um quarto porque algo deve ter de errado na privada ou se em todos os outros sobe o mesmo cheiro de podridão humana. Cheiro de esgoto é cheiro de cidade grande, me disse minha vó. Ela tem razão. Quanto mais gente, mais esgoto. É um cheiro que me enjoa, mas me encanta.
            O que vamos fazer com o lixo? O que vamos fazer? Eu separo. A garagem do prédio fede uma mistura de comida estragada, papel higiênico e mofo por falta de insolação. É um cheiro particularmente desagradável e excepcionalmente humano. Não há humanidade sem lixo e sem fedor.
            Mas esse encruamento, esse realismo, essa veracidade da existência, que sempre me afastaram de ler O Cortiço e coisas do gênero, hoje me dão um certo frenezi... uma coisa louca. É uma repulsa misturada com paixão, porque a maioria de nós não entende a si mesmo, quem dirá aos outro! Cheiros dizem tudo sobre as pessoas.
            A essência das coisas é o cheiro que elas exalam. Gosto de cheiros... eles me excitam, me fazem parar de pensar em qualquer outra coisa. Tive uma aluna que desconhecia desodorante. Ela tinha a pele oleosa e coberta por pelos não muito grossos... o cheiro dela era uma mistura de suor e sebo de glândulas semiobstruídas. Ela saía e a sala permanecia impregnada. O cheiro dela me permitiu que eu a entendesse, em partes. Era desagradável, o cheiro, era pertinente. Ela também era pertinente, não era desagradável, mas parecia que ficava sempre algo por dizer, aquela lacuna que me irritava mais que o cheiro, mais que o nome estranho que ela tinha. Ela é uma incógnita, que nunca me interessou resolver.
            Tem gente que tem um cheiro adstringente, que punge dentro do nariz... um cheiro que se funde ao cheiro das ostras de mares escuros, de águas salobras. É um cheiro que me lembra esperma e o cheiro daqueles cadernos antigos que a gente dizia ter cheiro de cola. Peculiares os cheiros e os donos deles.
            Minha mãe não tem cheiro de nada que eu conheça a não ser ela. E impregna nas roupas e na casa e nos lençóis dela... mas só nas coisas dela. Não é um cheiro que se fixe nas coisas dos outros. É doce e limpo como uma manhã de primavera.

domingo, 20 de junho de 2010

#9 Ah, a Copa

          
          A 17ª Copa do Mundo está acontecendo e o resto das coisas não. Como assim? Bom, vejamos... nossos alunos não vão às aulas, os funcionários de diversas empresas param de trabalhar em hora de jogo, lojas fecham, clientes não saem de casa, o trânsito pára, a vida pára e o jogo vive.

            Adoro futebol, gosto mesmo de assistir. Mas fico pensando na Copa e vejo que não sou tão fã assim. Pense nos hotéis que a África construiu para o evento. Será que as pessoas, depois dessa febre mundial, vão continuar visitando o país-sede e irão se hospedar nesses hotéis? Duvido... duvido muito. Falo dos hotéis porque esses representam gastos a serem regenerados em longo prazo. Ninguém faz um hotel para hospedar um número x de gente por não mais que um mês.

            O dinheiro gasto pela África do Sul em melhorias pró-Copa foi de 1,76 bilhão de libras!!! Estima-se que cada turista deixe lá 3 mil euros. Multiplicando o número de turista pelo valor suposto temos 1,119  bilhão de euros. A Libra vale mais que o Euro. A cotação de hoje está 2,62 e 2,20, respectivamente. Esses 42 centavos devem fazer uma baita diferença quando se trata de bilhões, não é mesmo?

            Então, não se paga! Tudo bem, certo que todo mundo que está lá em favor da FIFA, e ela própria, devem deixar muito dinheiro. Mas nada disso exclui o fator se preparar para algo que não vai durar. Gostaria muito que a Copa mudasse a situação de um país subdesenvolvido. Mas não muda.

            O que muda, então? Muda a rotina, principalmente a rotina do brasileiro que já é movido a carnaval em nível arterial. E o tempo vai passando e as coisas continuam as mesmas. Ou não: pioram. Mas por um lado agradeço à Copa por desacelerar esse caos frenético de rotinas extenuantes e sem sentido. Agradeço por deixar as pessoas mais felizes por estarem buscando uma vitória da alma e, de alguma forma, da dignidade, do orgulho de ser bom em alguma coisa.

            Agora, se o nosso molusco inventar de sediar 2014 aqui... Ah, amigos da rede globo, eu fujo pras colinas de Chernobyl!

Poesia em nível máximo




Outro grande mestre é LEONARD COHEN. Esse eu ainda posso ter a oportunidade de ver e ouvir pessoalmente, eu espero.


Descobri Cohen há mais de um ano e me apaixonei de tal forma que suas músicas me servem como calmante antes de dormir e como faíscas de inspiração. Há 40 anos ele vem compondo músicas de sentimento, numa poética inigualável. Com frases de impacto, figuras de linguagem maravilhosas e a habilidade de te fazer pensar e se encantar com cada verso, tudo embalado pela minha voz preferida: intensa, macia, rasgada, sábia.


Entre as músicas preferidas estão:
Avalanche
Diamonds in the mine
Bird on the wire
Famous Blue Raincoat
Sing Anothe Song, Boys




Mas a da última semana é Dress Rehearsal Rag.... vale a pena analisar e ouvir:


"Dress Rehearsal Rag"

Four o'clock in the afternoon 
and I didn't feel like very much. 
I said to myself, "Where are you golden boy, 
where is your famous golden touch?" 
I thought you knew where 
all of the elephants lie down, 
I thought you were the crown prince 
of all the wheels in Ivory Town. 
Just take a look at your body now, 
there's nothing much to save 
and a bitter voice in the mirror cries, 
"Hey, Prince, you need a shave." 
Now if you can manage to get 
your trembling fingers to behave, 
why don't you try unwrapping 
a stainless steel razor blade? 
That's right, it's come to this, 
yes it's come to this, 
and wasn't it a long way down, 
wasn't it a strange way down? 
There's no hot water 
and the cold is running thin. 
Well, what do you expect from 
the kind of places you've been living in? 
Don't drink from that cup, 
it's all caked and cracked along the rim. 
That's not the electric light, my friend, 
that is your vision growing dim. 
Cover up your face with soap, there, 
now you're Santa Claus. 
And you've got a gift for anyone 
who will give you his applause. 
I thought you were a racing man, 
ah, but you couldn't take the pace. 
That's a funeral in the mirror 
and it's stopping at your face. 
That's right, it's come to this, 
yes it's come to this, 
and wasn't it a long way down, 
ah wasn't it a strange way down? 

Once there was a path 
and a girl with chestnut hair, 
and you passed the summers 
picking all of the berries that grew there; 
there were times she was a woman, 
oh, there were times she was just a child, 
and you held her in the shadows 
where the raspberries grow wild. 
And you climbed the twilight mountains 
and you sang about the view, 
and everywhere that you wandered 
love seemed to go along with you. 
That's a hard one to remember, 
yes it makes you clench your fist. 
And then the veins stand out like highways, 
all along your wrist. 
And yes it's come to this, 
it's come to this, 
and wasn't it a long way down, 
wasn't it a strange way down? 

You can still find a job, 
go out and talk to a friend. 
On the back of every magazine 
there are those coupons you can send. 
Why don't you join the Rosicrucians, 
they can give you back your hope, 
you can find your love with diagrams 
on a plain brown envelope. 
But you've used up all your coupons 
except the one that seems 
to be written on your wrist 
along with several thousand dreams. 
Now Santa Claus comes forward, 
that's a razor in his mit; 
and he puts on his dark glasses 
and he shows you where to hit; 
and then the cameras pan, 
the stand in stunt man, 
dress rehearsal rag, 
it's just the dress rehearsal rag, 
you know this dress rehearsal rag, 
it's just a dress rehearsal rag. 






Não estou inspirada o suficiente... preciso ouvir Leonard...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mestre



Não li muito de Saramago. Li Ensaio sobre a Cegueira e Caim. Só...

Minha tia leu tudo. Tem a coleção dos livros nas estantes de casa. Lidos e relidos os livros de um dos homens mais inteligentes que o mundo já viu.  Escrever é um processo interessante porque é difícil transmitir à folha branca todas as cores dos sentimentos e daquilo que vemos na nossa cabeça. Saramago escrevia com a facilidade de beber água na mão em concha, ou de abrir os olhos quando se acorda... tão inerentes ao humanos que chegam a ser automáticos. Ele foi chamado de mil coisas apenas por ser ele mesmo real intenso imensurável verdadeiro wreckless maravilhoso e mais mil adjetivos honoráveis e espetaculares. 

Ontem não morreu um homem, morreu o alicerce de uma ideologia não ideológica e nada utópica. Espero que possamos continuar com tudo que ele fez e criou e remodelou, esculpindo uma nova maneira de ver as coisas... 

na maior simplicidade do mundo, como abrir os olhos quando se acorda.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Eu também não vi Avatar







Eu também não vi Avatar. Eu não sou vesga. Mas não vi Avatar. E eu também não sei se eu conseguiria ver os efeitos especiais porque uma vez eu tentei ver um desenho e não funcionou muito bem. Eu acho que eu vi só uma libélula do filme, que aparecia. Só ela que saiu da tela. O resto dos personagens, pra mim, aparecia com aquele fantasma de TV mal sintonizada. Mas isso foi antes de eu usar lentes. Eu acho que agora talvez eu veja Avatar. Apesar de que na minha cidade, presta atenção!, na minha cidade não tem Avatar em 3D, só em 2D. Então eu não sei o que é pior: morar aqui ou ser vesgo. E de uma forma ou de outra você só vai conseguir ver Avatar em 2D. Em 3D é impossível! Né? Porque sendo vesgo, você não consegue ver os efeitos, e morando aqui você também não consegue ver porque não tem opção.            
Enfim, mas eu também não sei se eu veria Avatar em 3D, nem se eu veria A Viagem ao Centro da Terra, ou o caralho-a-quatro em 3D... Porque se isso faz tanta diferença na tua vida, ou se você está contando essa história só porque é vesgo, eu tenho que te contar uma coisa: além da tecnologia cinematográfica existe a tecnologia medica, não é? Os avanços médicos que então proporcionaram que os estrábicos deixassem de ter essa condição com uma cirurgia ocular. Uma cirurgia em que eles corrigem esse músculo que mantém o olho indo pro centro, fazendo assim com que o paciente enxergue normalmente, como qualquer outra pessoa.  No meu caso não tem uma cirurgia de correção. Agora eu uso minhas lentes, e tal, então eu vejo tranquilamente, mas acredito que o 3D ainda é algo impossível para a minha visão. Mas eu acho que, enfim, eu não sei se você está usando esse vídeo para conseguir uma grana pra fazer a operação ou se simplesmente você quer mostrar a sua raiva por não ter visto Avatar. Olha, eu acho que tem coisas bem mais interessantes na vida que o Avatar. Por exemplo, um livro, em 2D. Não, e pior ainda: não é nem em 2D. É um negócio que você mesmo tem que imaginar. Mas vou te dizer um negócio: nada bate a tua imaginação. Nada! Vai ler um livro! Tapa um olho e vai ler um livro inteiro. Leia o livro com um olho só! Porque aí você não corre o risco do seu estrabismo se tornar um empecilho na construção da sua leitura.
E, pensa: toda a sua vida já é em 3D, todas as coisas já estão ali. Pra quê ver um filme que levou 12 anos para ser feito? Presta atenção: levou 12 anos para ser feito! Quem sabe leve 12 anos assistir, não é? E eu garanto que, depois da sua cirurgia realizada com sucesso, quando o filme vir em DVD vai vir acompanhado daqueles “óclinhos” que você vai colocar em casa, ficando a uma distância segura da televisão e vai ligar o filme e vai poder ver todo mundo ali, junto contigo, todos os personagens. Os seres azuis. Aí quem sabe você se pinta de azul! Vai ser bem legal! Boa sorte pra você nessa sua jornada em busca de poder assistir o Avatar. E, ah, lembrei! Você mandou o povo todo tomar no raio-que-o-parta porque a culpa era deles de você não ter conseguido ingresso. E quando você conseguiu, não viu na da em 3D! Você colocou a culpa nas pessoas que foram ver Avatar!!! Tipo, conselho? Get a life, man, get a life[1]!


[1] Arranja uma vida. Vai viver a tua vida. 

segunda-feira, 14 de junho de 2010

#3 Eu me comovo e me irrito

Eu me comovo e me irrito com as pessoas que se sentem inferiores. Me comovo porque algo as fez assim. Me irrito porque não fizeram nada para ser diferentes. Não sei por que elas se largam, esquecem de procurar a sua beleza...
E as que acreditam em Deus de uma forma que O coloca superior e responsável por tudo que acontece de bom e mal. E há aqueles que dizem que Deus só é responsável pelas desgraças. E que as coisas boas são glórias humanas.
Não estou querendo dar meu ponto de vista, nem que vocês acreditem em crença alguma. O que eu quero dizer é que está tudo podre!
Na mesa do canto da cafeteria onde escrevo mocinhas secretárias de clínica médica ouvem o toque de celular de uma delas: é funk.
Chove desde terça-feira, ou segunda. É, segunda. só vai parar amanhã: quinta. O que está acontecendo é que seja-lá-o-que-seja-Deus está tentando limpar a sujeira da humanidade...
... ou tentando matá-la.
(15/10/08)

domingo, 13 de junho de 2010

# 7 Irritações

Chego à aula de sexta-feira (mania feia de dizer aula assim, com nome de dia, mas...) e é proposta uma atividade bem interessante. A cadeira é Didática e Prática Pedagógica. Os alunos estão em vias de finalizar o curso, estão estudando há, no mínimo 3 anos. A professora pede que nos organizemos em grupos de 5 ou 6 pessoas. Nossa tarefa é, depois de ler o PCN de LI, planejar uma cena de uma sala de aula para ser apresentada a turma, cada grupo com seu tema e enfoque. Meu grupo recebeu: interação. Como fazer a interação acontecer numa sala de LI. A profe avisa que tem intervalo e eu saio para encontrar minha orientadora da Monografia. Obviamente, fiquei pensando, durante minha caminhada, em como seria o nosso teatrinho. E tive algumas idéias. Comunicação na sala de aula? Eu faço isso todo dia!
Volto para o grupo, peço desculpa, mas tinha que resolver minha Monografia, desculpas aceitas, mas eles estão decididos a não atuar a cena. Entendo que possa ser constrangimento. Tudo bem, não é mesmo? Afinal nenhum deles escolheu ficar na frente de um monte de alunos num futuro breve, tendo que atuar, ensinar, compartilhar, mediar, brincar, falar sério e tudo mais que demanda a profissão. Entendo, está bem claro que constrangimento só faz parte disso. Hell yeah!
Putz, cara! O tópico era interação. Não quis ficar me achando nem nada... até porque acredito nos meus colegas, na capacidade de articulação, confio que tenha lido os materiais que nos foram oferecidos e cobrados ao longo desse anos de faculdade, acredito que tenham estudado e tudo mais... mas e deparo com minha própria desgraça de estar errada, de estar mais uma vez exigindo que as pessoas saibam do óbvio, por mais que não seja tão óbvio assim. Mas vá lá, quem sabe eu esteja errada quanto a isso. Terei de ver na próxima sexta-feira, junto com meu pedido de desculpas.
Interação. O que se espera disso: que se interaja, ora bolas! Pedi o que seria feito. Seria tudo explicado a partir do que descrevia o PCN. Todo mundo sabe que não se chega lá na frente e lê simplesmente, ainda mais quando se trata de uma encenação a partir do que se leu mais aquilo que se foi pensado. Certo, eu não estava lá na hora da decisão, como a colega fez questão de me lembrar, mas isso não isenta a minha chance de falar e de interagir com o grupo e contribuir, talvez, com alguma idéia. Minhas idéias não fora ouvidas. Depois vim a descobrir, lá nos meus botões, que tudo se tratava de insegurança ao falar English. Ninguém foi requisitado a falar inglês, porra!
Pedi, calmamente, para que fizéssemos um breve ensaio ali, no fundo da sala, bem baixinho. A colega entrou em parafuso e me disse que já tinha explicado 3 vezes o que seria feito. Enquanto isso, os outros grupos apresentavam e eram aplaudidos. Nós também fomos, mas por misericórdia. Me dá raiva sabe, me discriminarem por eu falar inglês, por que foi bem isso que aconteceu. Não tive chance de falar o que eu gostaria que fosse feito porque eu não estava lá na hora do intervalo, repito: INTERVALO, e porque eu falo a maldita língua! Eu não entendo, não entendi a reação da colega mesmo. Eu só queria uma coisa com início, meio e fim, bem articulada, capaz de ser ensaiada em 5 míseros minutos. Mas eu não fui ouvida. Eu até pedi pra sair do grupo. E aquela tensão entre a colega e eu. E eu dizendo que poderíamos ensaiar e fazer bonitinho. E a menina, a qual julguei antecipadamente muito inteligente, quase chorava. E eu braba, mas querendo uma paz, um momento em que os outros não estivessem dispersos, ara que pudéssemos conversar. Afinal, que professor ignora uma contribuição de um aluno? Naquele momento estávamos agindo feito idiotas, quando o momento exigia que fôssemos apenas professores.
O resultado foi que não fizemos teatro, eu fiquei de burro amarrado e cheguei em casa chorando. Poxa! Se eu estivesse lá nos 15 minutos que fiquei fora será que isso teria acontecido? Eu teria sido ouvida? Nós teríamos articulado de forma coerente a tarefa? Eu teria sido excluída, discriminada? Não sei, continuo acreditando que daria tudo na mesma. Mesmo assim vou pedir desculpas por ter aparecido na pseudo-peça e ter saído para os bastidores com a cara da maior insatisfação da minha vida, porque foi uma puta duma insatisfação, uma desilusão completa. Que professores estão se formando, méldéls? Coragem, colegas, a gente precisa em tudo.
Vou dormir porque estou cansada desse episódio.