terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Roulette

Eu preciso de música. Eu preciso ouvir músicas novas sempre, nem que eu não saiba o nome, nem quem canta. Uma promiscuidade musical. É igual com comida. Preciso do novo, nem que seja durante só uma música. Sensações etéreas. Como flutuar no plasma, que te envolve todo o corpo, te sufoca, te cega, te cala. Só o ouvir importa. Ativa todo o resto das tuas percepções. Entra nas veias e te faz pulsar e fluir  e vibrar.  E aqueles sons que marcam, que se afincam na gente, acham um vinco pra se instalar. Uma barreira de corais de sons e sensações.


Gostamos de coisas que nos alteram, que modificam nosso estado. Sair seguramente do lugar comum é viciante, é libertador. 

Cada som é único, mesmo que lembre mil outras coisas.. Acho que isso é ser único, ser um patchwork de referências, de intertextualidades, de influências.... aquela eterna construção de si mesmo, adicionar, excluir, desfazer, reviver, repensar, deixar pra outro dia, deixar pra nunca mais... E sentir, sentir, sentir, se fundir ao tudo, ao nada, dentro de si. 




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