segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Um post sobre os prazeres da vida

Bom dia, boa tarde, boa noite. Hoje o post não tem nada de "antissocial" exceto o fato de amarmos viajar sozinhos, como dois lobos solitários.

Além do mais, essa viagem foi em comemoração ao nosso aniversário de 7 anos juntos e aos 3 em que vivemos sob o mesmo teto e em uma sintonia fantástica.


Começamos a planejar há mais de 4 meses, quando decidimos ver uma de nossas bandas preferidas e, 23 minutos após o início das vendas dos ingressos, consegui comprar 2 pra pista da geral. Confesso que vi os meninos no palco, mas nada muito "omg, olha eles lá"... Tava mais pra "olha lá, desse micro spot vc consegue ver cada um deles por vez, se der chance".... mas não foi caro e o som é impecável.

Mas vamos começar do princípio: comidas, claro. Somos foodies por natureza, então pesquisamos através de um guia da Veja (que acidentalmente achamos no mercado pela metade do preço), em vídeos no Youtube, no Foursquare e no guia do Google Maps.

SEXTA
Chegamos em Porto Alegre e fomos direto almoçar no Cia da Picanha (Gen. Lima e Silva, 85).

A rua tem uma magia que nasceu quando eu era criança. Meu ex tio morava  na Lima e Silva e eu passei boa parte da minha infância por ali, na Cidade Baixa e na Redenção.... Então me sinto em casa. É aconchegante comer na rua -  a maioria dos estabelecimentos dispõe dessa maravilha- porque podemos ver as pessoas passando e, se você está tentando decidir o que comer é possível ver os pratos chegando nas mesas dos clientes.

A cerveja estava estupidamente gelada. O atendimento foi rápido, mas o garçom errou o pedido... ouviu errado, segundo ele. Ficamos esperando ele trazer nosso espetinho de coração à milanesa.... vamos ter que voltar!

Esse prato alimenta duas pessoas com fome média. O arroz eu deixei quase todo apesar de estar muito bom. Não me interesso em comer arroz (a não ser o meu ou no sushi), imagina arroz de restaurante... Como estava parecidíssimo com o meu, pedi para levar com uma coxa de frango e um pouco de mandioca frita e uma colherada de maionese que sobrou. Sim.. eu comi menos da metade do prato e já estava cheia.



Não tive cara de tirar foto de uma mesa de advogados perto de nós que se esbaldou em picanhas, parmegianas e massas cheirosas e lindas.  

Ponto super importante: o cafezinho de cortesia no balcão era bom, acreditam? Bom de verdade.


Fomos para o hotel esticar as pernas e renovar as energias pra começar a caminhar desesperadamente. 

Fomos ao Centro, em direção aos camelôs, na intenção de mais tarde comer um shawarma. Eu não quis porque ainda estava cheia e o cheiro da praça de alimentação me enojou. Mas ganhei o dia quando vi essa banca:


Depois de quilômetros de peregrinação, risadas e conversas,uma parada no Mercado:

A Banca do  Holandês sempre com ótimo atendimento e produtos de excelente qualidade! Copa e queijo montanhês pra beliscar no hotel.


 Voltamos descansar e discutir a programação da noite. Mr. Chau Noodles foi a pedida:


O primeiro é de camarão com legumes, amendoim e gergelim. O segundo de carne, cebola, alho e salsinha. O pecado é a quantidade de sal na preparação. E sal em excesso não é nada legal. Já nos brochou uma segunda tentativa, apesar do lugar ser um charme, bem romântico, cozy... o atendimento e a rapidez são impressionantes. Mas chegamos à conclusão de que o nosso de casa é beeeem melhor. Porque o Yakisoba deve te dar umas barrinhas de vida, sabe? Você tem que comer e pensar que abriu 10 baús de mana... No Chau, abri só 1.

 Love Shot: Sobremesa gostosa e na medida.


SÁBADO
No sábado de manhã comemos aquela copa com queijo, pão e uma torta maravilhosa de côco duma padaria do Mercado Público que nunca lembro o nome, mas o Google salva: Padaria Pão de Açúcar
Tudo vale a pena lá.

E o café??? Como é que eu vou viver sem????  
Achamos um pertinho "de casa" na Rua da República... que na verdade é um salão de beleza, mas...


Não é a coisa mais fofa desse mundo? Trendy Hair, bem no meio da quadra!


Nossa intenção era ir almoçar no Muralha da China (e avaliar se era mesmo tão bom quanto a propaganda), mas a fila estava gigantesca. Então lembramos de um lugar nada a ver na João Pessoa. Nada a ver por quê?   Parece um bolicho, mas na entrada tem uma churrasqueira emanado os aromas mais seduzentes ao gaúcho: carnes diversas tostando lentamente em sal, temperos e fumaça de carvão.  

Buffet livre com um taco de carne e um pedaço de linguiça apimentada a 14,90:

Com duas carnes (aqui o extra pra nós dois) a 17,00:


Fachada:


Pensa numa carne desmanchando de boa, sal na medida, perfume.... mouthgasm absoluto. A salada era novinha, a massa caseira no ponto perfeito de cozimento. O molho parecia 8 anos, mas estava saborosíssimo e a polenta era caseira e bem temperada, não aquela coisa insossa que vem só pra te encher a pança.  O atendimento foi o melhor de todos. Nosso garçom é também músico (já tocou muito no Ataque Colorado), falou bem de Passo Fundo e nos fez mais felizes com sua simplicidade, gentileza e bom humor. Valeu Leandro! Assim que der voltamos ao Rok's!

Detalhes: fica em frente à Redenção e é possível ver os pedalinhos pra lá e pra cá. É frequentado por pessoas de diferentes classes sociais, que recebem o mesmo exemplar tratamento. Medalha de Ouro!

Breve videozinho tosco... com meu sotaque exacerbado pelo mimicking automático do qual sofro:



Então era hora de dormir pra ficar de pé naquela muvuca de gente que seria o show.... 

MAS antes de rumar pro Pepsi On Stage precisávamos jantar. E lá formos, perneando, pra lomba da Ramiro Barcelos no belíssimo Mao Sut. O preço está de acordo com a qualidade dos pratos e com o ambiente. Estava cheio, mas mesmo assim, nossa comida veio em inexplicáveis 5 minutos. Comemos no deck, e apesar do vento, tivemos um jantar maravilhoso. Voltaremos sempre que possível experimentar toooooodos os pratos.

Torradinhas (Loi Krathong) de shitaque com um mix de amor asiático:



Wontons (Phi Phi) de camarão fresco (aquele adocicadinho característico) com um molhinho de abacaxi apimentado, servido na concha, que eu comeria todo dia:




No vidrinho uma pimenta diretamente da Tailândia!  
Conclusão: 1) Obrigada, Asiáticos, por uma culinária maravilhosa. Jamais me cansarei de comidas asiáticas. 2) Pimenta é sempre bom.   3) Temos uma ótima tolerância (e apreço) a pratos bem apimentados.

Devo dizer que fiquei APAVORADA, EMBASBACADA, FELIZ, BLISSFUL com a rapidez das cozinhas em Porto Alegre. É incrível mesmo como todos os nossos pedidos vieram rápido. Fico me perguntando o que há de errado nas cozinhas daqui que demoram tanto...

Agora sim: rumo ao QUEENS OF THE STONE AGE!!!!

Faz tantos anos que curto QOTSA que nem sei. Depois o Vini me apresentou Kyuus... E enfim, Desert Sessions é paixão... mas não me emociono muito com Eagles of Death Metal nem Them Crooked Vultures.   

Uma coisa que acho imprescindível em um show é ir porque você curte a banda como um todo, desde álbuns antigos ao mais novo. Não dá pra ir num show se você conhece só o último trabalho da banda. Fica em casa, então.

Tava cheio de gente que deveria ter ficado em casa.... junto com outras categorias de pessoas que deviam ser proibidas de ir a shows.... mas isso é assunto pra outro dia.





Josh é bem humorado, fala bem com o povo e canta as minas todas juntas de cima do palco.
O som limpo, tocam maravilhosamente ao vivo... e é um show longo.

Queria ter ficado mais perto, mas o importante é que eu estava lá com quem mais me interessa nessa vida. 

Uma da manhã estávamos de volta à Cidade Baixa, que estava sem luz. 

DOMINGO
Acordamos e arrumamos tudo. Fomos ao Brique ver coisas aleatórias.  Finalmente pegamos o carro, que ficou o tempo todo escondidinho num estacionamento perto do Rok's, e seguimos pra casa, podres de cansados. Felizmente a chuva veio já no percurso final da estrada.  

Comprei essas colherinhas lindinhas - tenho uma tara por colheres.


Dormi antes das 21h  no sofá. 


Em breve postaremos mais opiniões sobre aventuras gastronômicas e lugares interessantes.

Você já foi a algum desses lugares? Diz aí o que achou!