Eu preciso de música. Eu preciso ouvir músicas novas sempre,
nem que eu não saiba o nome, nem quem canta. Uma promiscuidade musical. É igual
com comida. Preciso do novo, nem que seja durante só uma música. Sensações etéreas.
Como flutuar no plasma, que te envolve todo o corpo, te sufoca, te cega, te
cala. Só o ouvir importa. Ativa todo o resto das tuas percepções. Entra nas
veias e te faz pulsar e fluir e
vibrar. E aqueles sons que marcam, que
se afincam na gente, acham um vinco pra se instalar. Uma barreira de corais de
sons e sensações.
Gostamos de coisas que nos alteram, que modificam nosso
estado. Sair seguramente do lugar comum é viciante, é libertador.
Cada som é único, mesmo que lembre mil outras coisas.. Acho que isso é ser único, ser um patchwork de referências, de intertextualidades, de influências.... aquela eterna construção de si mesmo, adicionar, excluir, desfazer, reviver, repensar, deixar pra outro dia, deixar pra nunca mais... E sentir, sentir, sentir, se fundir ao tudo, ao nada, dentro de si.
Ouve lá e depois comenta teus gostos:
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